👨‍👩‍👧 Coparentalidade: Como Dividir Tarefas, Apoiar o Parceiro e Fortalecer a Criação do Bebê

A chegada de um bebê muda tudo — e para melhor viver essa nova fase, é essencial que os pais atuem juntos. A coparentalidade vai além de estar presente: trata-se de compartilhar ativamente a responsabilidade, as decisões e os cuidados com o filho, com respeito, empatia e parceria.

🤝 O que é Coparentalidade?

Segundo a psicóloga norte-americana Kelly B. Feeney, coparentalidade refere-se à “qualidade do relacionamento entre adultos que compartilham a responsabilidade de cuidar de uma criança”. Pode acontecer entre casais juntos, divorciados, ou até entre amigos que optam por criar uma criança em conjunto.

No Brasil, o conceito vem ganhando força, com estudos recentes validando instrumentos como a Escala de Relação Coparental (CRS-BR) para avaliar aspectos como:

• Apoio mútuo

• Cooperação

• Divisão equilibrada de tarefas

• Redução de conflitos parentais

Fonte: Universidade Federal de Pelotas, 2023

📋 Dicas práticas para uma boa coparentalidade

1. Conversem antes do nascimento

A divisão de tarefas começa ainda na gestação. Façam acordos sobre quem fará o quê: banho, mamadas, trocas, tarefas domésticas. Não espere o cansaço chegar para discutir isso.

2. Criem um calendário de responsabilidades

Monte um calendário semanal visual com os seguintes blocos:

TarefaQuem faz?ObservaçõesTrocar fraldas à noitePapaiAlternar diasDar banhoMamãePapai assume nos fins de semanaConsulta pediatraAmbosRevezar para ajustar agendasCompras de supermercadoPapaiLista feita em conjuntoTempo livre com o bebêAmbosReservar 30 min diários por pessoa

Esse calendário pode ser colado na geladeira ou gerenciado por apps como Cozi, Google Agenda ou BabyTime.

3. Evitem “ajudar”, pratiquem o “assumir junto”

Coparentalidade não é o pai “ajudar” a mãe — é ser corresponsável. Trocar a linguagem muda a postura. Dizer “hoje é minha vez com o bebê” no lugar de “estou te ajudando” reforça o compromisso mútuo.

4. Cuidem do relacionamento entre vocês

O casal precisa de tempo juntos para fortalecer a parceria. Conversem, validem emoções, façam pausas (mesmo curtas) para manter o vínculo. Se necessário, procurem terapia familiar.

5. Respeitem os estilos diferentes de cuidar

Cada um tem um jeito de fazer as coisas. Evite críticas desnecessárias ou interferências. Confiança mútua é fundamental para a harmonia na criação do bebê.

🧠 Impactos positivos da coparentalidade

Estudos indicam que casais com coparentalidade bem estruturada apresentam:

• Maior satisfação conjugal

• Bebês com melhor regulação emocional

• Menor risco de depressão pós-parto, especialmente para mães

• Crianças com desenvolvimento mais saudável e seguro

Fontes: SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Frontiers in Psychology, CRS-BR (2023)

💡 Ferramentas que podem ajudar

• Apps para organização familiar: Trello, Notion, Cozi

• Livros:

  • “Cuidar de Quem Cuida” (Isabela Minatel)

  • “Pais Inteligentes Formam Sucessores” (Augusto Cury)

• Podcasts e grupos:

  • Café com as Mães

  • Podcast Mamilos – episódios sobre divisão de tarefas e parentalidade

✨ Conclusão

Coparentalidade não é apenas dividir funções — é construir uma relação de cuidado compartilhado e saudável. Quando pai e mãe trabalham em parceria, toda a família cresce mais forte, mais feliz e mais conectada.